Controle parental: qual o melhor caminho para acompanhar os seus filhos na era digital?

Controle parental: qual o melhor caminho para acompanhar os seus filhos na era digital?

No passado, especificamente na infância de muitos pais, tudo o que havia para uma criança, era um brinquedo, às vezes com um caráter pedagógico ou uma simples bola ou boneca e seria suficiente para ter sua atenção por um bom tempo.

Mas desde que um celular ganhou a capacidade de varrer o mundo e os computadores pessoais tornaram-se acessíveis a muitas famílias e ambos abrirem as portas da Internet, ver uma criança de 5 anos ou até menos mexer em um desses dispositivos, pode até mesmo constranger alguns pais menos familiarizados com tecnologias modernas.

Sim, elas têm literalmente na ponta dos dedos o mundo ao seu alcance, graças à Internet.

Mas você não deixaria o seu filho totalmente às soltas no mundo real, deixaria? E por que no mundo digital deveria ser diferente? É disso que vamos tratar, o controle dos pais nos passeios virtuais que seus filhos fazem na Internet!

Aqueles que se tornaram pais na última década – a segunda do século XXI – começaram a ter que conviver com uma realidade diferente daquela que seus pais e eles mesmos viveram. Parte dessa mudança que tem afetado direta e profundamente os hábitos dos seus filhos e deles próprios, tem um nome internet.

A Internet fez surgir o conceito de mundo digital e é nesse mundo que é praticamente uma realidade paralela, que as crianças de hoje cada vez estão mais envolvidas. São os nativos digitais. Aqueles que nasceram em um momento histórico em que a transformação digital é intensa. Naturalmente a Internet implica em benefícios inquestionáveis, como por exemplo, a democratização do conhecimento e isso ninguém discute.

Porém, como quase tudo, há o outro lado da moeda. Esse território sem fronteiras, pode levar a conteúdos não tão apropriados aos nossos filhos e ameaçarem sua segurança.

Basicamente pelas mesmas razões que nossos pais perguntavam “onde você vai?”, “com quem você vai?”, “quem vai estar lá?”, “a que horas e como volta?”, ou “o que você vai fazer lá?”, nós agora temos que saber onde nossos filhos estão navegando, com quem estão falando, por quanto tempo e o que buscam encontrar.

As experiências, as informações, as relações e as influências que a Internet propicia, oferecem por outros meios, os mesmos riscos com os quais nossos pais se preocupavam, na nossa realidade passada. A diferença é que além dos riscos do mundo físico, há o risco cibernético. Mesmo nós – os adultos – supostamente mais experientes e capazes de discernir a respeito de diferentes situações e nos defender dos riscos que a Internet pode oferecer, não raramente somos vítimas de golpes, fraudes, situações constrangedoras e uma lista razoavelmente extensa de ameaças à nossa segurança, o que dizer da capacidade de ficar imune a tudo isso de uma criança de 5 ou mesmo 10 anos?

E se já não houvesse razões suficientes, há ainda o risco de desenvolvimento da dependência digital ou da nomofobia, o que sob muitas óticas, tem sido considerado um caso de saúde pública.

É isso que é o controle parental. Foi no passado o controle que nossos pais exerciam sobre o que fazíamos. É hoje também, mas utilizando ferramentas criadas para uma realidade em que a Internet ajudou a criar e que coloca em risco a segurança de todos, mas especialmente das crianças.

E esse cuidado e “controle” deve se ampliar a filmes, séries, programas de TV aberta e fechada. A tudo o que nossos filhos têm acesso e que precisamos saber sobre. As ameaças que não temos acesso são muitas e  estão à espreita de nossos filhos, portanto é imprescindível a atenção das famílias.

Diante dessa realidade que a Internet ajudou a criar, bem como das ameaças que crianças e adolescentes e por vezes toda a família da qual faz parte, estão sujeitas, é importante pensar em realizar um controle parental. A conscientização e a informação é o primeiro passo para diminuir as chances de problemas decorrentes do uso sem limites da Internet.

 

Os efeitos da exposição do jovem a alguma das muitas ameaças, muitas vezes podem ser detectados pelos pais, em alterações no seu comportamento, baixo rendimento escolar, mudanças no humor e na sua capacidade socialização e até a depressão. Uma alternativa menos invasiva e que não fira tanto a relação de confiança entre pais e filhos, é deixar o computador em lugar de uso comum da família, como a sala ou outra área comum da residência.

Mas apenas controlar o que seu filho faz no mundo digital, muitas vezes não é suficiente. Os filhos comportam-se com base no que veem seus pais fazendo. Pais que passam muito tempo na Internet, tendem a ter filhos com igual comportamento. Só se consegue estabelecer um limite diário de uso do computador para o jovem, sem que isso implique em contestar o que os pais fazem, se eles próprios puderem ser um modelo.

Mas nem sempre o diálogo, a compreensão e uma boa relação entre pais e filhos é suficiente e por isso, o controle parental deve existir como medida adicional e preventiva.

Se por um lado a Internet e a tecnologia podem parecer os grandes vilões dessa estória toda, também são a fonte de soluções que permitem aos pais realizar o controle parental e consequentemente diminuir a oferta de ameaças às quais uma criança pode estar exposta.   As opções são muitas e geralmente é importante adotar um conjunto delas, porém nada substitui a conversa, a proximidade, a escuta, a parceria acompanhando o que os seus filhos fazem, assistem, leem.

A Internet é sem dúvida um terreno fértil para muitas das facilidades do mundo moderno, mas também de algumas ameaças importantes, as quais podem trazer consequências graves a nós mesmos e principalmente aos nossos filhos. Por essa razão, é importante conhecer as ameaças às quais nossos filhos podem estar expostos e diminuir a exposição a qual podem estar sujeitos.

É importante entretanto  que o controle aconteça em equilíbrio . Que as famílias conversem e conscientizem os seus filhos . Assim, independentemente da sua escolha sobre aderir ou não às ferramentas de controle parental, existem algumas orientações importantes e que vão ao encontro deste objetivo:

  • Navegar juntos:Compartilhe momentos online com seu filho e converse com ele sobre o uso da tecnologia.
  • Filtros de conteúdo: Tenha em conta que eles são úteis, mas não bloqueiam todo o conteúdo perigoso.
  • Tempo equilibrado: Controle o tempo que se passa na internet e evite a dependência nas telas.
  • Cuidado com a privacidade: Mantenha uma relação de confiança com seus filhos.

Colégio Plínio Leite - Estamos Somos

FONTE:

https://www.hostmidia.com.br/blog/controle-parental/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-45596119