Se você não gosta de ler é porque está lendo errado

Se você não gosta de ler é porque está lendo errado

Você gosta de ler?

Se sua resposta é “sim”, ótimo, mas se for “não”…

Se você não gosta de ler, temos que te contar um segredo: você provavelmente andou lendo errado. Calma. Não é que você não saiba ler, mas talvez você tenha lido livros que não são do seu agrado. Cada pessoa tem um estilo de literatura, e se você ainda não encontrou o seu, não desista. Você só precisa procurar mais!

A leitura melhora o aprendizado dos estudantes, pois estimula o bom funcionamento da memória, aprimora a capacidade interpretativa, pois mantém o raciocínio ativo, além de proporcionar ao leitor um conhecimento amplo e diversificado sobre diversos assuntos. Quem lê muito conversa sobre qualquer assunto e consegue formar opiniões bem fundamentadas.

Boas pessoas são feitas de bons hábitos, e um excelente hábito que ajuda o indivíduo a se desenvolver é a leitura de bons livros.

Por essa razão, vamos te dar uma dica com os 5 melhores romances da literatura brasileira:

Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Machado de Assis:

Uma desconstrução do Brasil, por meio da ironia, que escancara a hipocrisia da nossa elite dirigente no século 19. Machado de Assis dá voz a um narrador defunto que, longe da vida social, pode zombar do caráter das pessoas com quem conviveu. O romance também é importante por se valer de novas técnicas narrativas, fazendo-se a obra mais inovadora daquele século.

Macunaíma (1928), Mário de Andrade:

O mais divertido retrato do Brasil como um país que vive contemporaneamente em todas as idades do continente, no período pré-cabralino, no Brasil dos viajantes estrangeiros, na Colônia, no Império e na modernidade. O grande feito do livro é transformar as características do homem nacional tidas como defeitos em elementos positivos de nossa identidade malandra, ao mesmo tempo em que elege a pilhagem nos documentos como uma forma de invenção selvagem.

Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos

Um romance montado com cenas avulsas, a partir de quadros, em que Graciliano Ramos acompanha a rotina desesperadora de nordestinos que vivem de fazenda em fazenda, isolados do mundo. Fabiano e Sinhá Vitória têm que tomar uma decisão crucial, eternizar este ciclo de exploração ou tentar dar aos filhos o estudo que eles nunca tiveram. Mais do que um romance sobre a seca e o nordeste, é uma narrativa sobre o poder da linguagem.

Grande Sertão: Veredas (1956), Guimarães Rosa

Verdadeira enciclopédia do Sertão, este romance avança barrocamente para todos os lados, mostrando um narrador sertanejo que usa filosoficamente a linguagem, modificando-a para tentar dar vazão aos seus questionamentos interiores. Riobaldo narra para nos e para se convencer de sua inocência em relação a três episódios centrais: o pacto que ele teria feito com o diabo, o fato de amar em Diadorim (a guerreira travestida de jagunço) a mulher e não o homem e as mortes que ele comete na jagunçagem.

A Moreninha (1884), Joaquim Manuel de Macedo

É considerado o primeiro romance tipicamente brasileiro, pois retratou hábitos da juventude burguesa carioca, contemporânea à época de sua publicação. Quatro estudantes de Medicina (Filipe, Leopoldo, Augusto e Fabrício) passam o feriado na casa da avó de um deles, na ilha de Paquetá. Um deles apostou que se ficasse apaixonado por uma mulher por mais de quinze dias, escreveria um romance contando a história desta paixão. A partir daí, conhece Carolina (a Moreninha) por quem se apaixona. O único obstáculo à união dos dois é a promessa de fidelidade feita pelo estudante a uma menina que conhecera na infância e cujo paradeiro e identidade desconhecia. Porém, esse empecilho é resolvido no final do livro, causando surpresa aos leitores e personagens do enredo.

 

Fonte: Info Escola